
Nesta quinta-feira, 13, data que também marca o Dia Internacional da Alimentação Escolar, foram anunciadas as cidades selecionadas para participar do projeto PNAE Agroecológico, realizado pelo Instituto Comida do Amanhã, em parceria com o Instituto Regenera e o Instituto Fome Zero, com apoio institucional do Centro de Excelência de Combate à Fome do Programa Mundial de Alimentos e apoio da Fundação Rockefeller.
A iniciativa tem como objetivo promover a transição para a produção agroecológica da agricultura familiar no Brasil por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e busca compreender e fortalecer as possibilidades de incentivos e arranjos institucionais para ampliar a oferta de alimentos saudáveis na alimentação escolar, criando um modelo que possa influenciar políticas públicas e regulamentações em nível nacional.
Atendendo a todos os critérios específicos exigidos pelo edital, os municípios selecionados para a primeira rodada de projetos-piloto são:
Caruaru/PE
São José dos Pinhais/PR
Barcarena/PA, Abaetetuba/PA, Marituba/PA e Benevides/PA (participação coletiva)
Caxias do Sul/RS, Antônio Prado/RS, Ipê/RS, Montenegro/RS e Porto Alegre/RS (participação coletiva)
Para Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, houve um volume surpreendente de cidades candidatas a aderir ao projeto, e foi muito difícil selecionar entre tantas cidades e regiões bem classificadas neste processo. “Temos certeza que serão feitos trabalhos incríveis nas cidades selecionadas, e também que esse enorme grupo de cidades que se apresentaram para este processo pode formar uma verdadeira comunidade de articulação nacional para alavancar uma alimentação escolar mais agroecológica”, destacou.
Como forma de contemplar os municípios não selecionados, foi montada uma articulação pelo PNAE Agroecológico com o intuito de reconhecer e valorizar o compromisso dos municípios com a agroecologia e a segurança alimentar e nutricional. Esse grupo, coordenado pelo Instituto Comida do Amanhã, reunirá todas as cidades que demonstraram interesse no projeto, criando um espaço permanente de troca de experiências e fortalecimento das ações de transição agroecológica na alimentação escolar.
O diretor do Instituto Regenera, Fabrício Muriana, pontuou sobre a surpresa de ver tantas cidades que têm interesse em afinar a implementação das suas alimentações escolares de forma a contemplar mais produtores locais, mais alimentos agroecológicos e mais estudantes bem nutridos. “Tudo indica que os municípios estão cada vez mais preocupados com a questão climática, com a conservação da biodiversidade e com a geração de renda e aquecimento da economia local”.
A partir de agora, as cidades selecionadas participarão da fase inicial do projeto, que inclui o desenvolvimento de diagnósticos detalhados sobre seus sistemas agroalimentares, modos de produção e políticas de compras públicas. Com base nesses estudos, serão elaboradas propostas (projetos-piloto) para facilitar a aquisição de produtos agroecológicos para a alimentação escolar, promovendo um modelo sustentável que poderá ser ampliado nacionalmente.